domingo, 30 de maio de 2010

Sobre Hiatos e Pijamas.


Ás vezes, nesses domingos chuvosos, eu canso de ser legal com todo o mundo. Eu canso de arrumar a imagem, e decido deixar o pijama grudar no corpo durante todo o dia. Tem dias que eu não quero rimar, falar bonito, espernear fatos que ninguém compreende... Tem dias que eu só quero respirar. E é nesses dias que eu percebo a fúria que sinto sobre certas coisas; é nesse tipo de dia que eu não agüento comentários que, naturalmente, eu agüentaria numa boa e ainda faria comentários doces... Não, não é falsidade. Ás vezes é necessidade de atenção, de aceitação. E bom, outras eu só quero agradar. Mas neles eu paro e vejo que meus atos e caridades não retornam bem algum.
Nesses dias, como hoje, eu não penso se minhas palavras soam brancas no papel linhado. Não percebo a letra torta, a arritmia de meus pensamentos; eu tenho tido problemas em cortes de pensamento... Hoje eu não me importo. Que se exploda os comentários sobre a minha incapacidade de comentar coisa alguma com coerência e precisão...
O que eu quero dizer... é que eu não to afim de ser legal. Depois da semana corrida, você percebe que não adianta lamber o rabo do cachorro, se nem ele é capaz disso; você tem que deixar ele perceber que não tem ninguém lá pra lambê-lo, e aí ele começa a correr atrás do rabo,e corre corre um dia inteiro, numa tentativa incessante e falha (isso não faz sentido algum pra você, mas faz para mim... Esse texto é para mim; não to afim de agradar ninguém hoje).
Nesses dias chuvosos eu só quero um pouco de paz. Quero acordar pro dia e passar por ele do mesmo jeito que saí da noite... E quero me libertar; libertar de mecanismos bobos, de convencionalidades, me libertar daquilo que outrora me fazia bem, não mais.
É nesses dias que eu paro, penso, e vejo como a vida devia ser mais simples e sincera... É neles que você para, lê, e concorda comigo. E eu respiro... e espero outro dia.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

RESPIRAÇÃO


Eu deixar-te-ei morrer por inteiro,

Eu quero sentir o cheiro do sangue, eu quero a visita do anjo.

Eu vou riscar os cd’s da memória, vou apagar teu cheiro, teu suor, teus cabelos.

Não te quero em mim pois sei que tudo está terminado.

Eu deixar-te-ei morrer por inteiro...

Eu mato teus olhos, tua voz, o meu desespero.