terça-feira, 31 de agosto de 2010

tow with all the BULLSHIT.

Dia a dia eu perco a fé na raça humana.
Os papos fajutos e argumentos baratos vazam dos bueiros da esquina de cada um, a massa maçante é cega, desprovida de bons gostos, necessitada do mínimo de bom senso possível.
Eu ando aqui e acolá, vejo algumas noticias no jornal e minha indignação cresce de tal forma que seria capaz de explodir a raiva e repulsa no meio da fuça de qualquer desgraçado que insista em ser medíocre, e ainda ache bonito tamanha demência. Para acabar com meu dia, vejo que essas pessoas são vangloriadas! Estão aonde estão pois a boiada come a porcaria toda sem reclamar, e depois caga bem no alvo da minha cara.
Me enoja o cheiro do abc maldito proclamado atualmente.
Humanóides engolem como se fosse água o veneno espalhado pelas cidades; tontos pela droga de quinta categoria seguem suas vidas mínimas, insignificantes e disfuncionais. Essas mesmas fodem com a sociedade ao apertar qualquer botão em dias de eleição, ao cultivar atividades frouxas e agirem como ratos.
Não, eu não me acho a melhor. Eu não sou a melhor e estou muito distante de tamanha definição, pois essa não se aplica a nenhum ser humano; sempre terá alguém melhor que eu, com não só idéias, mas atitudes extremamente mais elevadas. Mas minha consciência perante a vida é grande e valiosa demais para que eu feche meus olhos diante de grandiosa falta de caráter, preguiça de pensar e baixaria; para que eu cale minha boca e seja só mais um par de sapatos novos andando pela avenida encardida. Só mais um punhado de cabelos tingidos sem opinião alguma, que segue o fluxo conforme a banda toca.
Não, eu não sigo tal desafinado som; não quero ficar surda e perder a decência que me resta.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Anônimo Segundo


Pudera eu tornar o céu mais rosa,
esvaziar a praia, estender o outono;
Quisera eu ter-te em noite chuvosa,
secar-te os cabelos, queimar o abandono.

Mas fantasmas espiam atrás da porta,
O furacão dentro da casa bagunça tudo,
A coragem pula para trás da moita e
Sinto-me perdida em ti, de ti, do mundo.

A ausencia forçada me corta os punhos,
E você, apático, finge que não vê;
Muda de ideia, a cada segundo
Grita entredentes que tudo deve morrer.

Que morra então o desejo da carne,
a busca de corpos, o sempre querer.
Afogue de vez a indecisão que arde.


O resto da vida eu não vou perder.

Anônimo I


De onde vêm essas pessoas?
Arranham minha mente e depois saem a nado, afogando em mim qualquer resquício de pensamento iniciado.
Meses atrás fiquei embriagada. Alucinei-me por um gole de áurea branca, de cabelos lisos e franjinha. Criatura pequena, com gostos exóticos e sorriso mágico.
Encantei-me. Demorei. Vacilei.
O doce e iminente encontro de nós mesmos foi paralisado diante da gigante entropia do mundo, e tudo desmoronou; outra bebida, mais atraente e doce roubou-me o espaço e opacou-me o brilho. Boca e fluido não mais... Juntaram-se os dois na prateleira.
A química explodiu e virou gosma verde, deixando cheiro podre de solidão por todos os lados e pondo em mim a culpa da desgraça: nada pude fazer. Somente inclinei-me sobre a derrota espalhada pelo chão, e pus-me a passar o paninho pelas esperanças encharcadas, para depois irem ralo abaixo.

Sorrisos inocentes e felicidade fizeram um contrato com o caos; não hpa chances de se viver como pessoa normal. Tola eu, pensar que haveria.