sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Anônimo I


De onde vêm essas pessoas?
Arranham minha mente e depois saem a nado, afogando em mim qualquer resquício de pensamento iniciado.
Meses atrás fiquei embriagada. Alucinei-me por um gole de áurea branca, de cabelos lisos e franjinha. Criatura pequena, com gostos exóticos e sorriso mágico.
Encantei-me. Demorei. Vacilei.
O doce e iminente encontro de nós mesmos foi paralisado diante da gigante entropia do mundo, e tudo desmoronou; outra bebida, mais atraente e doce roubou-me o espaço e opacou-me o brilho. Boca e fluido não mais... Juntaram-se os dois na prateleira.
A química explodiu e virou gosma verde, deixando cheiro podre de solidão por todos os lados e pondo em mim a culpa da desgraça: nada pude fazer. Somente inclinei-me sobre a derrota espalhada pelo chão, e pus-me a passar o paninho pelas esperanças encharcadas, para depois irem ralo abaixo.

Sorrisos inocentes e felicidade fizeram um contrato com o caos; não hpa chances de se viver como pessoa normal. Tola eu, pensar que haveria.

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