segunda-feira, 20 de julho de 2009

Hoje à tarde comecei a ler a peça de Jean Paul Sartre chamada "Entre Quatro Paredes". A trama acontece dentro de um cômodo, onde três personagens -que após morrerem - são obrigados a conviver (com-viver depois de mortos, trocadilho maneiro) pelo resto da eternidade um com o outro, pois o tal cômodo é o inferno.
Achei a idéia da peça interessantíssima quando na verdade é exatamente isso que acontece: as pessoas durante a vida passam a ser carrascos umas das outras, chegando a fazer da vida da outra um inferno. A convivência com diferentes personalidades, manias e defeitos é o maior desafio que Deus nos dá dia-a-dia, e é nesse desafio que muita gente reprova e acaba causando aflitos e confrontos dentro de si e de outros.
É claro, a vida precisa de conflitos. O mundo seria insuportavelmente chato se todos se entendessem perfeitamente e vivessem em total harmonia; mas o probleminha que praticamente todos temos de não saber ouvir o outro é que fode tudo. Não sabemos aceitar a opinião dos outros, muitas vezes nem a respeitamos. Gritamos a nossa e que se exploda o resto; quando isso acontece entre quatro paredes - seja em casa, no serviço, na escola - as particularidades de cada um se aguçam e criam bloqueios. Pois bem, terráquios! Eis que criamos nosso próprio inferninho.Afinal, não é preciso um capetinha com estacas e chifrinhos do nosso lado para agirmos errado e sermos carrascos particulares da vida de outras pessoas.
Dica do dia? Não implique com qualquer coisinha que aparecer na sua frente ou você pode virar o diabinho na vida de alguém. E não queremos isso, queremos?
Não era exatamente essa minha linha de raciocínio, escrever complica.

Um comentário:

desabafo disse...

Ana , muuito divertido esse texto ! adorei , foi você qn fez ?

beeijo